O ciclone Chido pode ter deixado "várias centenas" de mortos no território francês de Mayotte, localizado no Oceano Índico, declarou neste domingo (15) o prefeito local, acrescentando que será "muito difícil" obter um balanço final.

O último registro de uma fonte de segurança fornecido à AFP neste domingo indicava 14 mortos.

"Eu penso que haverá seguramente várias centenas, talvez cheguemos a mil, ou a alguns milhares" de mortos, disse François-Xavier Bieuville à rede pública Mayotte la Première.

Será "muito difícil ter um balanço final" devido a uma tradição muçulmana, muito enraizada nas áreas devastadas, que manda que os mortos sejam enterrados em menos de "24 horas".

Além dos 14 óbitos contabilizados, há nove feridos em estado crítico e outros 246 com ferimentos graves, disse o prefeito de Mamoudzou, a capital de Mayotte, Ambdilwahedou Soumaila.

Com rajadas de mais de 220 km/h, o ciclone tropical foi o mais intenso a atingir o território nos últimos 90 anos, segundo o instituto meteorológico francês.

Os serviços de emergência foram mobilizados por mar e ar, mas suas intervenções foram dificultadas pelos danos nos aeroportos e problemas de eletricidade. 

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