O chanceler da Alemanha, o social-democrata Olaf Scholz, enfrenta uma moção de confiança no Parlamento nesta segunda-feira (16), após o colapso de sua coalizão no mês passado, cenário que abriu caminho para a convocação de eleições antecipadas em 23 de fevereiro.

Scholz, 66 anos, convocou uma moção de confiança no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, onde não tem mais maioria, após a implosão da aliança entre social-democratas (SPD), ecologistas e liberais (FDP) que governava o país desde 2021.

Se Scholz for derrotado no Bundestag, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, terá três semanas para dissolver a Câmara. 

A maior economia europeia sempre foi um modelo, mas enfrenta uma grave crise política, assim como sua vizinha França - e principal aliada na União Europeia -, cujo governo também enfrenta um cenário instável.

A coalizão liderada por Scholz sofreu um colapso em 6 de novembro, após a demissão de Christian Lindner como ministro das Finanças.

A saída do governo do político do partido liberal do FDP por divergências sobre o orçamento deixou Scholz em minoria no Bundestag, o que paralisou qualquer iniciativa legislativa.

A crise foi o resultado de meses de disputas entre os três partidos do governo sobre a política econômica, questões como migração e confrontos pessoais.

As divergências sobre o plano orçamentário para 2025, que deveria ser concluído em novembro, acabaram derrubando a aliança.

Para que o Parlamento seja dissolvido e eleições antecipadas sejam convocadas, o chanceler, como chefe de Governo, deve apresentar uma moção de confiança.

O cenário abre o caminho para as eleições de 23 de fevereiro, uma data previamente acordada pelos partidos políticos.

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