A União Europeia (UE) aprovou nesta segunda-feira seu primeiro pacote de sanções pelas ações de desestabilização efetuadas pela Rússia contra os países do bloco por meio da divulgação de desinformação, ataques cibernéticos e até operações com bombas.

O primeiro pacote de sanções afeta 16 pessoas e três entidades, incluindo um grupo especial da inteligência militar russa "por sua participação em assassinatos no exterior e atividades de desestabilização com bombas e ataques cibernéticos em toda a Europa".

O grupo especial, identificado como GRU29155, foi responsabilizado por ataques como o envenenamento do russo Sergei Skripal no Reino Unido, em 2018.

Também foi vinculado à explosão de um depósito de munições na República Tcheca em 2014.

O GRU "é responsável por preparar explosões, incêndios intencionais e danos à infraestrutura em território da UE, com o objetivo de frear o fornecimento de armas à Ucrânia e criar discórdia", afirmou o bloco em um comunicado.

As sanções também afetam o Grupo Pan-Africano para o Comércio e Investimentos, descrito pela UE como "uma rede de desinformação que efetua operações encobertas de influência pró-Rússia".

Também foi incluída na lista de sanções a agência de notícias African Initiative, "envolvida na disseminação de propaganda e desinformação russas no continente africano", afirmou o Conselho da UE em um comunicado.

Entre os indivíduos sancionados, três deles foram acusados de espionagem a favor da Rússia na Alemanha, incluindo um ex-assessor parlamentar.

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