O devastador ciclone que atingiu o arquipélago francês de Mayotte, no oceano Índico, destaca a necessidade de os países redobrarem seus esforços na luta contra as mudanças climáticas, declarou, nesta segunda-feira (16), o governo brasileiro.

"Neste momento de tristeza, o Brasil conclama as nações parceiras a redobrarem os esforços de adaptação aos impactos da mudança do clima, em reação à multiplicação de eventos naturais extremos", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

O Itamaraty expressou suas condolências aos afetados pelo ciclone Chido, que devastou Mayotte no domingo. As autoridades temem que várias centenas de pessoas tenham morrido em decorrência do ciclone, o pior a atingir o arquipélago em 90 anos.

A França está mobilizando operações de avaliação e resgate em Mayotte, onde vivem pelo menos 320 mil pessoas, um terço delas em moradias precárias.

"Ao expressar condolências às famílias das vítimas, o Brasil manifesta sua solidariedade ao povo de Mayotte e ao governo da França", declarou o Itamaraty.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao poder no ano passado, o Brasil, que abriga cerca de 60% da floresta amazônica, tem levantado a bandeira do combate à crise climática.

O próprio país foi duramente afetado por fenômenos meteorológicos extremos este ano, com incêndios florestais agravados por uma seca histórica em várias regiões e enchentes devastadoras entre abril e maio no sul.

Em novembro, o governo anunciou planos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa mais cedo do que o previsto inicialmente.

O Brasil sediará a próxima conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP30, na cidade de Belém, capital do Pará, em novembro de 2025.

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