O ministro das Relações Exteriores da Polônia afirmou, nesta segunda-feira (16), que a Rússia é quem deve ser "forçada" a iniciar as negociações de paz e não a Ucrânia, em meio ao temor de que a futura administração de Donald Trump nos Estados Unidos imponha um acordo desfavorável para Kiev. 

A Polônia, um dos principais apoios da Ucrânia desde a invasão russa de fevereiro de 2022 e que serve como centro logístico para a ajuda militar ocidental, assumirá a presidência rotativa da União Europeia em 1º de janeiro de 2025.

"À luz da chegada ao poder de uma nova administração americana, a Europa deve se mobilizar mais", disse aos jornalistas em Bruxelas o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski.

Segundo ele, Washington e a UE deveriam ajudar a Ucrânia "a alcançar uma posição melhor para possíveis negociações futuras, nas quais seja o agressor quem seja incentivado e forçado, e não a vítima", acrescentou.

As declarações de Sikorski ocorreram dois dias antes de uma reunião informal em Bruxelas da qual participarão o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, segundo um funcionário da aliança militar.

Também se espera a participação do presidente francês Emmanuel Macron, do chanceler alemão Olaf Scholz, do primeiro-ministro polonês Donald Tusk e do premiê britânico Keir Starmer, segundo fontes diplomáticas.    

Os países da União Europeia e o presidente ucraniano estão preocupados com a possibilidade de uma suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, que enfrenta uma invasão russa há quase três anos.   

Trump indicou várias vezes que tem um plano para levar a paz à Ucrânia "em 24 horas", mas sem revelar como. 

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