O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (16) que conversará com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodimir Zelensky, para pôr fim à guerra desencadeada pela invasão russa.
"Falaremos com o presidente Putin" e também com "Zelensky e os representantes da Ucrânia. Precisamos acabar com isso, é uma carnificina", declarou Trump a jornalistas em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.
Durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, o bilionário republicano prometeu acabar com a guerra em um dia, sem especificar como.
A guerra deixou cidades em ruínas, "não há um prédio de pé", disse Trump na coletiva de imprensa.
"São só escombros. Igual quando eu derrubo um prédio em Manhattan", comparou o presidente eleito e empresário do ramo imobiliário em Nova York. "Aliás, nesses prédios há muitas pessoas."
Alguns observadores temem que Trump pressione a Ucrânia a ceder territórios conquistados pela Rússia. Moscou exige que Kiev entregue suas cinco regiões anexadas pelos russos e renuncie à adesão à Otan.
Diversas vezes, Trump afirmou que a Ucrânia "provavelmente" receberá menos ajuda de Washington quando ele assumir a Casa Branca em 20 de janeiro.
Aliados europeus e autoridades ucranianas temem que Trump force Kiev a fazer muitas concessões, o que daria a Putin uma vitória geopolítica e militar de fato.
Na sexta-feira, o Kremlin saudou a postura de Trump de "se opor firmemente" ao uso de mísseis americanos pela Ucrânia contra o território russo.
A administração do presidente em fim de mandato, Joe Biden, autorizou o uso desses mísseis em novembro, após se opor a isso por muito tempo. A mudança ocorreu depois do suposto envio, segundo o Ocidente e Kiev, de milhares de soldados norte-coreanos para apoiar as forças russas.
pgf/ube/erl/nn/ic/rpr