Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira (16), pressionados por dados da economia da China considerados decepcionantes, mas contidos pelas sanções adicionais decididas pela União Europeia (UE) contra a "frota fantasma" russa.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro caiu 0,78% a 73,91 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) para janeiro, perdeu 0,81% a 70,71 dólares.

A China, maior importadora mundial de petróleo, "é incapaz de estimular sua economia há vários meses", declarou John Kilduff, analista da Again Capital.

De acordo com o último indicador, o crescimento das vendas no varejo no país asiático desacelerou em novembro, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda, sinal de que o consumo permanece fraco, apesar de uma aparente recuperação no mês anterior.

As vendas no varejo aumentaram apenas 3% interanual em novembro, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas, uma queda significativa em relação aos 4,8% registrados em outubro.

Esse resultado ficou bem abaixo dos 5% previstos pelos analistas consultados pela Bloomberg.

Nos últimos meses, Pequim anunciou uma série de medidas em prol de sua economia, incluindo uma possível flexibilização de sua política monetária.

Mas alguns especialistas acreditam que, para restabelecer plenamente a saúde da economia chinesa, é necessário um estímulo fiscal mais direto que impulsione o consumo.

Na última quarta-feira, os países-membros da União Europeia concordaram em impor sanções a mais cerca de 50 navios da "frota fantasma" que permite à Rússia exportar seu petróleo contornando as restrições ocidentais.

Composta por cerca de 600 navios, essa frota transporta quase 1,7 milhão de barris de petróleo por dia, segundo estimativas feitas por Londres em julho.

"O recente esforço para conter essas frotas [...] chamou a atenção do mercado e fez os preços subirem", afirmou Kilduff.

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