A equipe jurídica do presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, alegou nesta quinta-feira que ele não cometeu uma insurreição ao impor uma controversa lei marcial durante algumas horas no início do mês.

A Assembleia Nacional aprovou no sábado o impeachment de Yoon, que precisa ser ratificado no prazo de seis meses pelo Tribunal Constitucional, devido aos fatos ocorridos na madrugada de 3 para 4 de dezembro.

Quase meia-noite do dia 3, Yoon anunciou em um discurso exibido na televisão a imposição da lei marcial no país pela primeira vez desde a instauração da democracia na década 1980 e enviou soldados e helicópteros à Assembleia Nacional.

Após várias horas de tensão e choque, com grandes protestos nas ruas, o presidente conservador recuou depois que os deputados da oposição conseguiram entrar no Parlamento e votar contra a lei.

Suk Yeol e eu entorno enfrentam investigações por corrupção do Ministério Público e de uma equipe especial da polícia, do Ministério da Defesa e de agentes de combate à corrupção.

"Em que lugar do mundo um líder declara uma insurreição durante uma coletiva de imprensa ao vivo?", questionou Seok Dong-hyeon, porta-voz da equipe de defesa de Yoon, em uma entrevista em Seul.

O advogado também afirmou que o presidente destituído está "seguro e confiante" de combater as acusações nos tribunais.

Yoon e vários colaboradores podem ser condenados à prisão perpétua ou pena de morte se forem declarados culpados. No momento, ele está proibido de viajar ao exterior.

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