A mais alta diplomata dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Barbara Leaf, deu boas-bindas nesta sexta-feira (20) às "mensagens positivas" do novo líder da Síria, Ahmed al Sharaa, que prometeu lutar contra o terrorismo.
"Após nossas conversas, informei-lhe que retiraremos a oferta de recompensa que mantivemos durante os últimos anos" por informações sobre o seu paradeiro, disse Leaf em declarações à imprensa após uma reunião com Sharaa.
"Buscaremos avanços nesses princípios e ações, não apenas palavras", acrescentou Leaf, que fez parte da primeira delegação oficial de diplomatas americanos a visitar Damasco desde o início da brutal guerra civil.
A diplomata indicou que comunicou "a importância da inclusão e de amplas consultas durante este período de transição".
"Apoiamos plenamente um processo político com liderança síria e próprio dos sírios, que resulte em um governo inclusivo e representativo em relação aos direitos de todos os sírios, incluindo mulheres e as diversas comunidades étnicas e religiosas".
Leaf também acredita que não haverá mais influência do Irã na Síria, aliado por anos do ex-presidente Bashar al Assad, deposto há duas semanas.
"Pelo que pude constatar hoje, o Irã não terá, nem deve ter, qualquer papel" na Síria, disse a diplomata, que indicou que os Estados Unidos pediram um cessar-fogo entre combatentes curdos e pró-turcos na cidade de Kobane.
A diplomata descartou que a suspensão de uma coletiva de imprensa que estava prevista anteriomente tenha ocorrido por preocupações com alguma ameaça.
"Nossa segurança, como sabem, foi muito cautelosa quanto a ficar na cidade. Então, só quero deixar claro que não houve nenhuma questão de segurança. Simplesmente não conseguimos chegar a tempo antes de termos que ir embora", explicou Leaf aos repórteres.
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