A Estônia anunciou, nesta sexta-feira (27), o lançamento de patrulhas no mar Báltico para proteger um cabo submarino compartilhado com a Finlândia, após a suposta sabotagem de outro cabo na quarta-feira por um petroleiro procedente de um porto russo. 

"Decidimos enviar a Marinha para perto de Estlink 1 para defender a nossa conexão energética com a Finlândia", publicou o ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, na rede social X. 

Minutos depois, Mark Rutte, secretário-geral da Otan, à qual pertencem Estônia e Finlândia, anunciou um reforço da presença militar da Aliança Atlântica no Báltico. 

Em 25 de dezembro, por volta do meio-dia, horário local, o fluxo de corrente contínua Estlink 2 entre Finlândia e Estônia foi desconectado. Um mês antes, dois cabos de telecomunicação foram cortados nas águas territoriais suecas, no mar Báltico. 

A polícia finlandesa informou na quinta-feira que estava investigando o petroleiro Eagle S, que partiu de um porto russo, por suposta sabotagem do Estlink 2.

O petroleiro, que navega sob bandeira das Ilhas Cook, foi retirado do porto finlandês de Porkkala, a 30 km de Helsinque. 

O navio é suspeito de fazer parte de uma "frota fantasma" que ajuda a Rússia a escapar das sanções ao seu setor petrolífero, impostas em retaliação à invasão da Ucrânia. 

O navio transportava "gasolina sem chumbo carregada em um porto russo", disse Sami Rakshit, diretor-geral da alfândega finlandesa, em coletiva de imprensa. 

As autoridades suspeitam que a âncora do petroleiro possa ter danificado o cabo submarino. 

"Os danos às infraestruturas submarinas críticas tornaram-se tão frequentes que é difícil acreditar que sejam acidentes ou péssimas manobras marítimas", disse Margus Tsahkna, ministro das Relações Exteriores da Estônia, na quinta-feira. 

Arrastar uma âncora pelo fundo do mar dificilmente pode ser considerado um acidente, acrescentou.

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