Os Estados Unidos afirmaram, nesta terça-feira (3), que acompanham "de perto" a situação na Coreia do Sul, cujo presidente, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial após acusar a oposição de ser uma "força antiestatal" que deseja "derrubar o regime".
"A administração está em contato com o governo da República da Coreia e segue de perto a situação", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
Em meio a disputas parlamentares sobre um projeto de lei orçamentária, o presidente sul-coreano decretou, nesta terça, lei marcial de emergência para, segundo ele, "salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças apresentadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e para eliminar os elementos antiestatais que roubam a liberdade e a felicidade do povo".
O presidente qualificou a oposição, que tem maioria no Parlamento, de "forças antiestatais com a intenção de derrubar o regime".
A oposição considera "ilegal" a lei marcial e convocou a população a se manifestar.
A Coreia do Sul, onde há mais de 28.000 soldados americanos destacados, é um aliado chave dos Estados Unidos na Ásia, em meio a crescentes rivalidades com a China.
O país conta com seu aliado americano para garantir sua segurança frente às ameaças da Coreia do Norte.
A terceira Cúpula pela Democracia, uma iniciativa lançada em 2021 pelo presidente americano, Joe Biden, aconteceu em março em Seul e contou com a participação do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.
Após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 5 de novembro, o presidente sul-coreano parabenizou o magnata.
Em ruptura com seu antecessor Moon Jae-in, Yoon Suk Yeol adotou uma linha mais dura com a Coreia do Norte, equipada com armas nucleares.
Joe Biden se reuniu com Yoon Suk Yeol em abril de 2023 em Washington e lhe prestou as honras de uma visita de Estado, a qual terminou com um jantar de gala.
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