A polêmica nomeação de Pete Hegseth para secretário de Defesa causa controvérsia até mesmo entre os republicanos, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser obrigado a reconsiderá-la, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (4), que cita como possível substituto o governador da Flórida, Ron DeSantis.

Trump pode ser forçado a repensar a escolha de Hegseth, um ex-militar que se tornou apresentador da Fox News, a menos de dois meses de sua posse.

O comunicador, que tem 44 anos, é alvo de acusações de abuso de álcool e agressão sexual que remontam a 2017.

Esses escândalos não resultaram em processos, mas levantam dúvidas sobre se ele é a pessoa certa para o cargo.

De acordo com a NBC News, até seis republicanos do Senado, incluindo Lindsey Graham (Carolina do Sul), um dos aliados mais próximos de Trump, estão desconfiados de Hegseth, cuja nomeação precisa da aprovação da Câmara Alta.

As dúvidas sobre Hegseth aumentaram com o surgimento de um antigo e-mail no qual sua própria mãe o chama de "abusador de mulheres".

"Acho que alguns desses artigos são muito preocupantes", declarou Graham à CBS News.

Os republicanos têm 53 cadeiras na nova maioria do Senado, o que significa que, para as votações de confirmação, Trump só pode perder o apoio de três senadores, supondo que todos os democratas votem contra.

A imprensa menciona DeSantis como possível substituto, uma escolha surpreendente, já que ambos disputaram a nomeação republicana nas primárias.

DeSantis apoiou Trump após se retirar da corrida no início de 2024.

O Departamento de Defesa, um cargo chave na maior potência mundial, emprega quase três milhões de militares e civis.

Os gastos com defesa superaram um trilhão de dólares (cerca de R$ 6,1 trilhões na cotação atual) em 2023 nos Estados Unidos.    

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