Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira (4), pressionados por sinais negativos sobre a demanda nos Estados Unidos, antes da decisão da Opep+ sobre cortes de produção.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro recuou 1,78% a 72,31 dólares. Já o barril de West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caiu 2,00% a 68,54 dólares.
Após uma alta na terça-feira, o mercado foi afetado pelo relatório semanal de reservas da Administração de Informação sobre Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês).
As reservas comerciais de petróleo americano caíram mais do que o esperado na última semana.
Apesar de um novo recorde de produção, na semana terminada em 29 de novembro, os estoques diminuíram 5,1 milhões de barris (mb), enquanto analistas previam uma queda de apenas 1,6 mb.
Esse resultado se deve, em grande parte, ao aumento da atividade das refinarias, que operaram a 93,3% de sua capacidade, frente a 90,5% na semana anterior.
Esses dados poderiam ter sustentado os preços, mas as reservas de gasolina subiram 2,4 mb, indicando que o mercado não está conseguindo absorver toda a produção das refinarias.
"A alta nos estoques de gasolina continuará, pois estamos entrando em meses de baixo" consumo, com menos viagens de carro, alertou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
De acordo com a EIA, os volumes de produtos refinados vendidos no mercado americano, considerados um indicador implícito de demanda, caíram 2,5% em relação à semana anterior.
Além disso, os EUA atingiram um recorde absoluto de 13,51 milhões de barris diários (mbd) na semana passada, comparado a 13,49 mbd na semana anterior.
Para Lipow, se a Opep+ mantiver os cortes de produção na quinta-feira, isso pode impulsionar o petróleo, embora ele não espere um grande aumento de preços.
"Em termos de oferta, o mercado está mais atento aos Estados Unidos, Canadá e Brasil", que estão aumentando sua produção, do que à Opep.
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