O Exército sírio segue lutando nesta quinta-feira (5) para conter o avanço dos rebeldes, liderados por islamistas radicais, em direção a Hama, a quarta maior cidade da Síria, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Na quarta-feira, os rebeldes conseguiram cercar quase totalmente esta cidade, após uma ofensiva relâmpago a partir do norte na qual tomaram o controle de Aleppo, o pulmão econômico do país.
"Durante a noite foram registrados combates violentos entre os rebeldes e as forças do regime, concentrados na região de Jabal Zayn al-Abidin, cinco quilômetros ao norte de Hama", segundo o OSDH.
"As tropas governamentais apresentam uma resistência tenaz e tentam conter o avanço dos rebeldes", disse à AFP o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman.
Uma fonte militar citada pela imprensa estatal síria afirmou na quarta-feira à noite que "as aviações russa e síria e as forças de artilharia e de mísseis realizaram ataques concentrados contra os (...) terroristas" nos arredores de Hama.
Em uma semana, os rebeldes liderados pelos islamistas radicais do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS) tomaram o controle de grande parte de Aleppo, a segunda maior cidade do país, e continuam avançando em direção a Hama.
Hama é uma cidade estratégica para o regime de Bashar al-Assad porque seu domínio é essencial para impedir que os rebeldes cheguem à capital, Damasco, que fica quase 200 quilômetros mais ao sul.
Os combates e os bombardeios deixaram mais de 700 mortos, incluindo 110 civis, segundo o OSDH, uma organização com sede no Reino Unido que conta com uma grande rede de fontes na Síria.
Os confrontos são os primeiros desta magnitude desde 2020 na Síria, país devastado pela guerra que começou em 2011.
lar/at/bfi/es/pc/fp