Os preços do petróleo voltaram a recuar nesta sexta-feira (6), ignorando os anúncios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados na Opep+ para equilibrar o mercado.

O barril de tipo Brent para entrega em fevereiro caiu 1,35% em Londres, para 71,12 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em janeiro, baixou 1,61%, para 67,20 dólares.

Os operadores não deram muita atenção à decisão da Opep+, anunciada na quinta-feira, de adiar até abril o aumento de suas cotas de produção. É o terceiro adiamento desde outubro.

A Opep+ havia planejado retornar gradualmente, ao longo de 12 meses, aos volumes acordados unilateralmente em novembro de 2023 por oito de seus membros, o que representa 2,2 milhões de barris diários, mas optou por postergar a medida por mais tempo.

"O fato de não conseguirem aumentar sua produção quando estamos em um período de alta demanda no hemisfério norte", com a chegada do inverno, "diz muito sobre as dificuldades que enfrentam para equilibrar o mercado", observa John Kilduff, da Again Capital.

Em outro sinal de pessimismo, os preços do petróleo também não se beneficiaram com os números positivos de emprego nos Estados Unidos, que mostram uma economia forte, embora em desaceleração.

Também não levaram em conta as crescentes expectativas de um possível corte dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em meados de dezembro, o que, em teoria, favoreceria a demanda por petróleo.

A Opep+ não é a única preocupada com o nível de oferta e um possível desequilíbrio na demanda em 2025.

A americana Chevron anunciou na quinta-feira a redução de suas previsões de investimento em suas atividades no país, principalmente em petróleo e gás de xisto.

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