O líder do grupo criminoso Trem de Arágua no Chile, Carlos Gómez, foi preso neste sábado (7) na Colômbia, numa operação que envolveu as instituições policiais dos dois países, anunciou o presidente colombiano, Gustavo Petro.

“Nas primeiras horas desta manhã (...) Carlos Gómez, vulgo Bobby, chefe da quadrilha multinacional Trem de Arágua no Chile, foi capturado”, disse o presidente através de sua conta no X. 

Ele acrescentou que “a colaboração da polícia com a inteligência chilena e colombiana alcançou este grande sucesso na segurança de chilenos e colombianos”.

A prisão ocorreu no município de Los Patios, no departamento de Norte de Santander, no leste da Colômbia.

A polícia invadiu um apartamento e encontrou Gómez com uma mulher num quarto, de acordo com um vídeo divulgado por Petro.

Quando um agente lhe apontou uma arma, o homem, que estava deitado numa cama, virou-se de barriga para baixo e cumpriu a ordem de “mãos atrás da cabeça”.

O líder chileno, Gabriel Boric, republicou a mensagem de Petro no X sobre a captura de "Bobby".

“O trabalho conjunto dos nossos Estados do Chile/Colômbia e das nossas forças policiais. Estamos avançando juntos na segurança, firmes contra o crime organizado”, afirmou.

Na mesma rede social, a polícia chilena declarou: “Foi desferido um golpe crucial contra o crime organizado (...) Esta detenção representa um avanço significativo na luta contra o crime transnacional e reafirma o compromisso das autoridades em garantir a segurança das nossas comunidades”.

Gómez, procurado pelo Chile desde 2022 por sequestro, assassinato e tráfico de drogas, é considerado o braço direito do líder máximo do Trem de Arágua, o venezuelano Héctor Guerrero, conhecido como “Niño Guerrero”.

A temida organização, de origem venezuelana, semeia o terror em vários países das Américas.

O Trem de Arágua nasceu na prisão venezuelana de Tocorón, no estado de Arágua (centro-norte), e começou a fazer sentir a sua presença há cerca de dez anos. Com cerca de 5.000 membros, dedica-se à extorsão, aos assassinatos por encomenda, ao tráfico de drogas, à prostituição, ao tráfico de seres humanos e até à exploração mineira ilegal.

Espalhou os seus tentáculos por outros países, como a Colômbia, o Peru e o Chile, e também pelos Estados Unidos, onde as autoridades ofereceram recompensas milionárias por informações que levassem à captura dos seus líderes.

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