O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (8) que ordenou que o Exército “tomasse” uma zona desmilitarizada nas Colinas de Golã após a derrubada de Bashar al-Assad na Síria.

Netanyahu disse que o acordo de 50 anos entrou em colapso quando “as forças sírias abandonaram suas posições”.

O primeiro-ministro israelense fez o anúncio durante uma visita às Colinas de Golã ocupadas por Israel, que fazem fronteira com a zona tampão, depois que o Exército informou que mobilizou forças na área.

O Exército israelense disse na sexta-feira que reforçou suas tropas nas Colinas de Golã, território sírio ocupado e anexado por Israel, diante de uma ofensiva feroz de uma aliança de rebeldes lidera por islamistas na Síria.

Israel se apoderou de parte das Colinas de Golã, sob domínio sírio, na guerra de 1967 e, em seguida, anexou parte desse território estratégico em 1981, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional, com exceção dos Estados Unidos.

O Exército israelense anunciou no sábado que estava ajudando as forças de paz da ONU na parte das Colinas de Golã controlada pela Síria a repelir um ataque “de indivíduos armados” perto de Hader, uma localidade na zona de amortecimento patrulhada por capacetes azuis.

Netanyahu classificou neste domingo a derrubada de al-Assad na Síria como um “dia histórico no (...) Oriente Médio” e a queda de um “elo central do eixo do mal” liderado pelo Irã.

“É o resultado direto dos golpes que infligimos ao Irã e ao Hezbollah, os principais apoiadores de Assad. Isso desencadeou uma reação em cadeia em todo o Oriente Médio, fortalecendo aqueles que buscam a liberdade desse regime opressivo”, acrescentou o primeiro-ministro israelense.

As forças sírias abandonaram suas posições perto da área de Golã, ocupada por Israel, desde que os rebeldes, liderados pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro, informou uma ONG que monitora a guerra civil da Síria.

Os insurgentes avançaram do nordeste para tomar a capital síria, Damasco, e forçar Assad a renunciar e fugir do país, o que acabou com anos de impasse na guerra civil da Síria, que começou em 2011 e encerrou cinco décadas de governo do partido Baath.

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