As autoridades da Coreia do Sul proibiram nesta terça-feira (10) a saída do país de três comandantes de alto escalão da polícia devido à imposição, por algumas horas na semana passada, de uma lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol.

O presidente conservador, seus ex-ministros da Defesa e do Interior, o comandante responsável pela aplicação da lei marcial e o comandante de contrainteligência também são afetados pela medida.

As autoridades investigam o presidente e seus aliados próximos por possível "insurreição" ao declarar a lei marcial, revogada após algumas horas, depois que os deputados opositores votaram contra a medida, apesar da presença do exército na entrada do Parlamento.

Nesta terça-feira, a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou que o comissário geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji-ho, e outros dois comandantes da força de segurança também receberam proibições de sair do país.

Apesar do repúdio generalizado à lei marcial, Yoon conseguiu sobreviver no sábado a um processo de impeachment, depois que os deputados de seu partido boicotaram a votação.

Embora tenha maioria no Parlamento, a oposição precisava de algumas deserções do Partido do Poder Popular (PPP), legenda de Yoon, para alcançar os dois terços de votos necessários para aprovar a moção.

O partido conservador explicou que Yoon aceitou entregar o poder ao primeiro-ministro e ao líder do partido, o que a oposição chamou de "segundo golpe de Estado".

A imprensa sul-coreana informou que o PPP anunciará em breve um "plano para a renúncia" de Yoon, que poderia acontecer em fevereiro ou março.

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