Os preços do petróleo se mantiveram estáveis nesta terça-feira (10), preservando em grande parte os ganhos do dia anterior, marcados pela queda do governo de Bashar al Assad na Síria e pelo anúncio de uma flexibilização monetária na China.

O barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, subiu 0,07%, fechando em 72,19 dólares.

Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em janeiro, avançou 0,32%, para 68,59 dólares.

Na segunda-feira, os 24 membros do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, órgão crucial para a tomada de decisões, reuniram-se para "analisar e estudar" futuras medidas econômicas para 2025, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

"Precisamos estimular fortemente o consumo, melhorar a eficiência dos investimentos e expandir de maneira abrangente a demanda interna", declararam os líderes chineses.

"No próximo ano, devemos [...] aplicar uma política fiscal mais proativa e uma adequada flexibilização da política monetária", acrescentaram.

Trata-se da "linguagem mais direta sobre estímulos em anos por parte do maior importador mundial de petróleo", afirmam analistas da DNB.

No cenário geopolítico, "a derrubada do regime de Assad na Síria levanta mais perguntas do que respostas", comentou Tamas Varga, analista da PVM. De acordo com ele, a incerteza levou investidores a protegerem suas posições nos mercados, o que impulsionou ligeiramente os preços na segunda-feira.

"A situação na Síria deu um pequeno impulso ao mercado, em especial após os ataques aéreos israelenses no país [...] Isso introduz um leve prêmio de risco geopolítico", declarou Robert Yawger, da Mizuho USA, à AFP.

No domingo, Bashar al Assad, que estava no poder há 24 anos na Síria, fugiu do país após uma ofensiva relâmpago de rebeldes islamistas.

A tendência de alta associada a essa notícia "chegou ao fim no início da terça-feira", segundo analistas da Energi Danmark.

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