O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (11) que deseja ver a situação estabilizada na Síria "o mais rápido possível", após a queda de seu aliado Bashar al-Assad, e condenou os bombardeios de Israel e sua mobilização próximo ao Golã ocupado.

"Gostaríamos que a situação no país estabilizasse o mais rápido possível, de uma maneira ou outra", declarou à imprensa o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov.

Para o porta-voz, as centenas de bombardeios efetuados por Israel contra posições estratégicas na Síria e a mobilização de suas tropas perto da região do Golã ocupada "não contribuem em nada para a estabilização da situação em uma Síria já desestabilizada".

Peskov também disse que Moscou está "em contato" com as novas autoridades sírias, especialmente a respeito das duas bases russas no território: a base naval de Tartus e a base aérea militar de Khmeimim.

"Mantemos contato com aqueles que controlam a situação na Síria. É necessário, já que temos uma base e uma representação diplomática. E as questões relacionadas à segurança das instalações são extremamente importantes", declarou.

A Rússia era, ao lado do Irã, o principal aliado do ex-presidente sírio Bashar al-Assad e atuava militarmente na Síria desde 2015. Um funcionário de alto escalão russo confirmou na terça-feira que Assad, deposto por uma ofensiva relâmpago de uma coalizão de rebeldes liderada por islamistas radicais, se refugiou na Rússia.

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