Um tribunal dos Países Baixos anunciou, nesta quarta-feira (11), a condenação a dez anos de prisão de uma cidadã holandesa, repatriada junto com seu filho da Síria, onde se uniu ao Estado Islâmico (EI), por ter escravizado uma mulher da minoria yazidi.

O tribunal condenou Hasna A., uma mulher de 33 anos que vive em Hengelo, no leste dos Países Baixos, por "escravidão, pertencimento a uma organização terrorista, promoção de delitos terroristas e por colocar em perigo seu filho pequeno".

Os yazidis, uma minoria de língua curda que vive no norte de Iraque e da Síria e pratica uma religião pré-islâmica, foram vítimas de muitos abusos nas áreas controladas pelos jihadistas do EI, entre elas estupro, sequestro, escravidão e tratamento desumano.

Nesse contexto, "o fato de ter tido a mulher yazidi como escrava é um crime de lesa-humanidade", assinalou o tribunal em comunicado.

Hasna A. viajou com seu filho de quatro anos para a Síria em 2015, seis meses depois da proclamação de um califado pelo EI, disse o tribunal.

Depois de chegar ao país árabe, casou-se com um combatente do EI, com quem teve filhos. Posteriormente, viveu um tempo na casa de outro membro do EI, que tinha uma mulher yazidi como escrava, indicou o tribunal.

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