O movimento islamista palestino Hamas saudou nesta quinta-feira (12) a decisão da Assembleia Geral da ONU de pedir um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, um gesto simbólico rejeitado pelos Estados Unidos e por Israel.

O Hamas, que vem travando uma guerra contra o Exército israelense na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, disse em um comunicado que “saúda a adoção [quarta-feira] da resolução da Assembleia Geral da ONU [...] para pedir um cessar-fogo em Gaza e permitir que os civis na Faixa tenham acesso imediato a serviços essenciais e ajuda humanitária”.

A resolução não vinculante, que recebeu 158 votos a favor, nove contra e 13 abstenções, também pede “a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”.

Tanto os EUA quanto Israel criticaram a resolução antes de sua votação.

Washington defende que um cessar-fogo seja condicionado à libertação de todos os reféns em Gaza, argumentando que, caso contrário, o Hamas não terá incentivo para libertá-los. 

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, após um ataque sem precedentes do grupo Hamas que resultou na morte de 1.208 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais. O número inclui reféns que foram mortos ou que morreram enquanto estavam em cativeiro em Gaza.

Durante o ataque, os membros do Hamas também sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares afirmam terem sido mortas.

As operações militares de retaliação israelense em Gaza mataram pelo menos 44.835 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território e considerados confiáveis pela ONU.

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