Israel anunciou neste domingo (15) o fechamento de sua embaixada na Irlanda devido a “políticas extremas anti-israelenses” do governo de Dublin, segundo sua chancelaria. 

As relações entre Israel e Irlanda ficaram tensas após Dublin ter reconhecido o Estado palestino em maio e ter aprovado a nomeação de uma embaixadora palestina. 

Além disso, a Irlanda anunciou que apoiará o processo iniciado perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) pela África do Sul, que acusa Israel de “genocídio” na Faixa de Gaza. 

“A Irlanda ultrapassou todas as linhas vermelhas nos seus laços com Israel”, afirmou o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, em um comunicado. 

A decisão de Israel de fechar sua embaixada é “lamentável”, disse o primeiro-ministro irlandês Simon Harris, membro do partido de centro-direita Fine Gael. 

“Repudio categoricamente as afirmações de que a Irlanda é anti-Israel”, disse Harris na rede social X, afirmando que seu país apoia a paz, os direitos humanos e o direito internacional. 

A Irlanda é um dos países europeus mais críticos à ofensiva de Israel em Gaza, em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, o qual deixou 1.208 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

A ofensiva isralense matou mais de 44.976 pessoas em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local.

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