A Itália está examinando atualmente o acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul e só assinará o documento se houver "garantias concretas" de proteção para os agricultores, afirmou a primeira-ministra Giorgia Meloni.

"Estamos estudando atentamente o acordo preliminar (...) tomando o tempo necessário para avaliar se nossas demandas foram atendidas", disse Meloni ao Parlamento antes de uma reunião de líderes europeus.

O polêmico acordo foi anunciado em 6 de dezembro pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mas ainda precisa ser aprovado por pelo menos 15 dos 27 países membros da UE.

Alemanha e Espanha elogiaram a decisão de criar uma zona de livre comércio de mais de 700 milhões de pessoas, mas a França considerou o acordo inaceitável e os sindicatos de agricultores expressaram preocupação.

Meloni disse que os agricultores já pagam "o preço mais elevado pela abertura do mercado europeu a produtos de terceiros países que não respeitam os mesmos padrões ambientais e de segurança alimentar que impomos aos nossos produtores".

"O acordo UE-Mercosul deve, portanto, oferecer garantias concretas e oportunidades de crescimento aos agricultores europeus, cuja rentabilidade e competitividade foram prejudicadas nos últimos anos", afirmou Meloni.

Para os defensores, o acordo com o Mercosul contribuirá para reforçar a segurança econômica ao diversificar o comércio. O acordo tem o apoio de grupos industriais porque as empresas europeias poderiam economizar bilhões de dólares em direitos alfandegários.

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