O presidente chinês, Xi Jinping, celebrou nesta quarta-feira o "sucesso reconhecido internacionalmente" de Macau ao iniciar uma visita de três dias à ex-colônia portuguesa para comemorar o 25.º aniversário do comando chinês sobre o território. 

Macau, um importante centro de cassinos, foi devolvido à China em 20 de dezembro de 1999, ao abrigo do princípio "um país, dois sistemas", que promete conceder ao território maior autonomia e liberdades civis do que na China continental. 

Xi elogiou a aplicação do princípio logo após aterrissar no Aeroporto Internacional de Macau, nesta quarta-feira, onde foi recebido pelas autoridades locais. 

"Nos últimos 25 anos, o princípio 'um país, dois sistemas' adaptado a Macau alcançou um sucesso reconhecido mundialmente e demonstrou sua vitalidade", disse ele. 

Xi, que havia visitado Macau pela última vez em 2019, indicou que aproveitaria a viagem para celebrar o aniversário e supervisionar "novos projetos e mudanças" no território. 

"Nos próximos dias farei um giro para observar, fazer um intercâmbio amplo e aprofundado com nossos amigos de todos os setores e discutir planos para o desenvolvimento de Macau", acrescentou.

A cidade, o único lugar na China onde apostas são permitidas, ultrapassa Las Vegas como o principal centro de cassinos do mundo graças aos gastos dos visitantes chineses ao longo de duas décadas. 

Na sexta-feira, Xi participará da posse do novo Executivo de Macau liderado por Sam Hou-fai, ex-presidente do mais alto tribunal da cidade. Para Sam, Macau não pode depender dos cassinos, responsável por 81% das receitas do governo. 

A diversificação econômica de Macau e a sua integração aos planos regionais chineses são os principais temas da visita de Xi, disseram analistas à AFP. 

"(Xi) provavelmente deve cobrar investimentos não relacionados a apostas que as concessionárias de Macau prometeram há dois anos", disse Ben Lee, consultor de cassinos. 

As autoridades intensificaram as medidas de segurança na cidade para a visita do governante chinês. 

Várias pessoas próximas do inativo movimento pró-democracia de Macau disseram à AFP que foram advertidas para que não fizessem críticas públicas antes do aniversário.

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