O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou, nesta quarta-feira (18), contra um gigantesco projeto de lei que destina fundos para evitar a paralisação iminente do governo, depois que uma grande quantidade de gastos acrescentados ao texto provocou indignação entre os republicanos.
O magnata e seu futuro vice-presidente, J.D. Vance, se opuseram ao projeto em um comunicado conjunto. Fazer concessões aos democratas é "uma traição a nosso país", afirmam, pedindo que os republicanos sejam "INTELIGENTES e FORTES".
Na terça-feira, o presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, apresentou o acordo orçamentário de 1.500 páginas negociado com os democratas, que incluía mais de 100 bilhões de dólares (R$ 616 bilhões) em ajuda para catástrofes naturais solicitados pelo presidente Joe Biden e 10 bilhões de dólares (R$ 61 bilhões) aos agricultores americanos, mas também um aumento dos salários dos congressistas.
O texto permitiria financiar o governo federal até meados de março e evitar assim o famoso "shutdown" antes da meia-noite de sexta-feira.
Sem isso, os Estados Unidos sofreriam uma paralisação dos serviços públicos federais, que se traduziria na dispensa de centenas de milhares de funcionários, no congelamento de várias prestações sociais e no fechamento de algumas creches. Uma situação extremamente impopular, sobretudo na véspera do Natal.
Contudo, assim que o acordo negociado no Congresso foi divulgado, alguns deputados trumpistas protestaram contra o que consideravam gastos desmedidos.
Também se opôs ao pacto Elon Musk, escolhido pelo presidente eleito para dirigir uma comissão encarregada de reduzir os gastos públicos.
"Matem o projeto de lei!", escreveu várias vezes o homem mais rico do mundo na rede social X.
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