A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, pediu nesta quinta-feira (19) uma linguagem “mais clara” dos países do Conselho Europeu sobre a situação na Venezuela.
“Eu gostaria de uma linguagem um pouco mais clara do Conselho em geral”, disse Metsola no final de sua participação em uma cúpula da UE em Bruxelas.
“Essa é outra coisa em que trabalharei com a nova chefe da diplomacia da UE [Kaja Kallas] a esse respeito”, acrescentou.
“Precisamos fazer mais”, reforçou Metsola. O Parlamento Europeu reconhece o líder da oposição Edmundo Gonzalez como o presidente eleito da Venezuela, mas os países da UE ainda não fizeram o mesmo.
A Venezuela “deixou de ser um líder do continente para se tornar uma autocracia” em apenas algumas décadas, disse Metsola.
O país está testemunhando “o maior movimento migratório da história” e foi “completamente tomado por um regime autocrático que devemos condenar nos termos mais fortes”, acrescentou.
Na terça-feira, o Parlamento Europeu concedeu o Prêmio Sakharov 2024 para a Liberdade de Pensamento a González e à líder da oposição María Corina Machado. Ele já havia concedido o mesmo prêmio em 2017 à “oposição venezuelana”.
O último rascunho das conclusões da cúpula da UE que ocorrerá nesta quinta-feira inclui um parágrafo no qual o bloco “reitera sua preocupação com a situação na Venezuela”.
O documento pede “a libertação de todos os presos políticos e que a Venezuela cumpra seus compromissos com o direito internacional”.
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