O homem acusado de estuprar e assassinar uma médica de 31 anos na Índia se declarou inocente, afirmou seu advogado neste sábado (21), após uma audiência do caso que chocou a opinião pública e gerou grandes protestos.
A descoberta, em 9 de agosto, do corpo ensanguentado da médica em um hospital de Calcutá provocou uma onda de indignação na Índia e o retorno do debate sobre o flagelo da violência contra as mulheres.
Sanjoy Roy, 33 anos, o único réu no caso, se declarou inocente diante do juiz em uma audiência a portas fechadas na sexta-feira, informou o advogado Sourav Bandyopadhyay à AFP.
O advogado afirmou que seu cliente declarou ao tribunal que não é culpado e que foi vítima de uma "armadilha".
Roy, que era voluntário cívico no hospital, foi detido um dia após o assassinato e permanece na prisão desde então. Se for considerado culpado, ele pode ser condenado à pena de morte.
O julgamento começou em 11 de novembro e 50 testemunhas foram interrogadas. A próxima audiência está marcada para 2 de janeiro.
Depois do crime, os médicos em Calcutá iniciaram um protesto que durou várias semanas.
Dezenas de milhares de pessoas se uniram às manifestações para pedir mais segurança no trabalho para as médicas.
A Suprema Corte da Índia ordenou a criação de um grupo de trabalho para examinar as maneiras de reforçar a segurança no setor de saúde, alegando que a brutalidade do assassinato "abalou a consciência da nação".
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