Cinco civis foram mortos em bombardeios com “drones turcos” no nordeste da Síria, informou uma ONG neste sábado (21), um dia depois de dois jornalistas curdos terem morrido em circunstâncias semelhantes.

Desde a queda de Bashar al Assad, em 8 de dezembro, Ancara tem apoiado uma ofensiva de grupos armados contra as forças curdas que controlam parte do norte da Síria.

“Dois civis, uma mulher e um membro de um partido político, sucumbiram aos ferimentos, elevando para cinco o número de pessoas mortas no sábado por bombardeios de drones turcos” perto da cidade de Tal Brak, na província de Hasakeh, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

“A ocupação turca atacou com um drone um carro em uma estrada que liga a cidade de Al Hawl a Tal Brak (...), matando três civis”, reportou anteriormente a agência de notícias curda na Síria Hawar.

“Esse crime faz parte de uma série de violações flagrantes do direito internacional e dos direitos humanos que proíbem o ataque a civis”, declararam as forças de segurança interna curdas em um comunicado.

Dois outros civis foram mortos em outro bombardeio turco na mesma área, de acordo com a OSDH, com sede no Reino Unido, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.

Um drone turco também atacou silos de trigo a sudoeste da cidade de Kobane, perto da fronteira com a Turquia, disseram as Forças Democráticas da Síria (FDS), dominadas pelos curdos, “destruindo uma grande quantidade de estoques”.

A Turquia, que apoia o novo governo sírio após a queda de Assad, acredita que o SDF, que controla as áreas semiautônomas curdas, é uma ramificação de seu inimigo declarado, o Partido Separatista dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Dois jornalistas turcos de origem curda foram mortos na sexta-feira em ataques com “drones turcos” perto da cidade de Kobane, de acordo com a associação de jornalistas turcos Dicle Firat e a agência de notícias turca pró-curda Mezopotamya.

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