Dezessete pessoas morreram, nesta quarta-feira (25), em confrontos na província síria de Tartus, depois que as forças de segurança tentaram deter um funcionário ligado ao ex-presidente deposto Bashar Al Assad, informou uma ONG.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), "14 membros da força de Segurança Geral" das novas autoridades sírias morreram, assim como "três homens armados" em Khirbet al Maaza.

As forças tentaram deter um homem que estava entre "os responsáveis pelos crimes na prisão de Saidnaya", acrescentou o OSDH.

O novo ministro do Interior sírio, Mohamed Abdel Rahman, afirmou, em nota, que "14 membros do ministério foram assassinados e outros 10 ficaram feridos após (...) uma emboscada traiçoeira de remanescentes do regime criminoso" de Assad na província de Tartus.

As portas das prisões sírias foram abertas depois que rebeldes liderados pelo grupo islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS) derrubaram Assad, mais de 13 anos depois de sua brutal repressão contra os protestos antigovernamentais de 2011 desatar uma guerra civil, que deixou mais de 500.000 mortos.

O OSDH informou que o homem procurado era "um oficial das forças do antigo regime, que ocupou o cargo de diretor do Departamento de Justiça militar", e o identificou como Mohamed Kanjo Hassan.

A ONG acrescentou que ele "emitiu sentenças de morte e condenações arbitrárias contra milhares de presos".

Os confrontos em Tartus, reduto da minoria alauíta, à qual pertence Assad, começaram depois que "vários moradores se negaram a permitir que revistassem suas casas", informou o Observatório, sediado em Londres, mas que dispõe de uma rede de informantes na Síria.

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