A germano-iraniana Nahid Taghavi, presa em outubro de 2020 em Teerã, foi libertada e repatriada para a Alemanha, onde desembarcou no domingo, anunciaram sua filha e a Anistia Internacional nesta segunda-feira.
Condenada a mais de dez anos de prisão em agosto de 2021 por pertencer a um grupo ilegal e por propaganda contra o regime, a ativista dos direitos das mulheres foi libertada porque sua saúde estava "agravando-se consideravelmente" na prisão de Evin, em Teerã, conhecida por suas duras condições, segundo a Anistia.
Taghavi, 70 anos, foi solta "após mais de 1.500 dias de detenção arbitrária" e "pousou em segurança na Alemanha" no domingo, disse a ONG em um comunicado.
"Depois de mais de quatro anos como prisioneira política na República Islâmica do Irã, minha mãe Nahid Taghavi foi libertada e está de volta à Alemanha", confirmou sua filha Mariam Claren, que postou uma foto dela e de sua mãe sorrindo em um aeroporto.
Entre a prisão e o julgamento, Taghavi "passou mais de sete meses em confinamento solitário", durante os quais "teve de dormir no chão, sem cama ou travesseiro, sob vigilância 24 horas por dia e só lhe era permitido sair" 30 minutos por dia com os olhos vendados", segundo a Anistia Internacional.
Ativistas de direitos humanos acusam Teerã de prender dezenas de estrangeiros sob falsos pretextos como parte de uma estratégia de tomada de reféns para obter concessões do Ocidente.
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