O comércio entre China e Rússia atingiu um recorde em 2024, de acordo com dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (13), mais um sinal da reaproximação dos países, apesar das sanções econômicas impostas a Moscou.
As importações e exportações combinadas da China com a Rússia atingiram cerca de 240 bilhões de euros (cerca de 245 bilhões de dólares ou 1,4 trilhão de reais) em 2024, um aumento de cerca de 2% em relação aos 235,3 bilhões de euros em 2023, de acordo com os dados oficiais das alfândegas chinesas.
Este é um recorde histórico, embora o aumento dos intercâmbios tenha desacelerado consideravelmente em comparação com o forte aumento registrado entre 2022 e 2023 (+26,3%).
Os vínculos políticos e econômicos entre Pequim e Moscou se fortaleceram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções econômicas adotadas em resposta por parte da comunidade internacional contra a Rússia.
A China, que se apresenta como um país neutro, recusou-se repetidamente a condenar a invasão russa.
Em uma mensagem de Ano Novo ao presidente russo, Vladimir Putin, o presidente Xi Jinping disse que as duas potências "continuam avançando de mãos dadas no caminho certo do não alinhamento", de acordo com relatos da mídia oficial.
O comércio entre a China e os Estados Unidos – as duas maiores economias do mundo – também aumentou em 2024 em comparação ao ano anterior, subindo 3,7% para um total de cerca de 675,1 bilhões de euros (cerca de 688 bilhões de dólares ou 4,1 trilhões de reais), de acordo com dados das alfândegas chinesas.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu aumentar as tarifas sobre as importações chinesas após sua posse na próxima semana.
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