A União Europeia pode reduzir “gradualmente” as sanções existentes contra a Síria se “progressos tangíveis” forem feitos pelas novas autoridades, disse a chefe diplomática do bloco, Kaja Kallas, nesta sexta-feira (10).

Kallas lembrou em uma mensagem no X que participou na quinta-feira, em Roma, de uma reunião para “coordenar os esforços para a transição na Síria”, junto com representantes da Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos, para tratar da situação síria.

“Reafirmamos a necessidade de um governo inclusivo que proteja todas as minorias”, disse Kallas. “A UE pode aliviar gradualmente as sanções se houver um progresso tangível”, acrescentou.

Os ministros das Relações Exteriores da UE discutirão a possível flexibilização das sanções em uma reunião em Bruxelas no dia 27 de janeiro.

A Alemanha e a França são a favor da flexibilização de certas sanções, mas a medida requer unanimidade entre os Estados-membros.

As sanções que “dificultam o acesso à ajuda humanitária” ou “impedem a recuperação do país” podem ser suspensas “rapidamente”, disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, na quarta-feira.

Após 13 anos de guerra, grupos armados liderados pelo movimento islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS) tomaram Damasco em 8 de dezembro e derrubaram Bashar al Assad, que se refugiou na Rússia.

Desde então, o governo de transição tem pressionado pela suspensão das sanções internacionais contra a Síria.

As autoridades americanas anunciaram esta semana que diminuiriam as restrições que afetam os serviços essenciais, mas ainda esperavam ver progresso por parte do governo sírio antes de um levantamento mais amplo das sanções.

O grupo HTS, antigo braço sírio da rede Al Qaeda, alega ter rompido seus vínculos com o jihadismo, mas ainda é classificado como “terrorista” por vários países ocidentais, inclusive os EUA.

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