O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta terça-feira (14), a menos de uma semana de seu retorno à Casa Branca, que criará um órgão especializado para arrecadar tarifas.
O anúncio, feito nas redes sociais, faz parte da estratégia de Trump de aumentar as tarifas sobre aliados e adversários, pressionando-os a tomar medidas sobre questões variadas, como imigração e tráfico de drogas na fronteira.
México e Canadá, parceiros dos Estados Unidos no acordo de livre comércio da América do Norte (T-MEC), assim como a China, rival econômico e comercial de Washington, estão incluídos nos anúncios do magnata republicano.
Trump também ameaçou com um aumento generalizado das tarifas alfandegárias, além de uma taxação mais alta sobre todos os produtos importados da China.
O novo órgão permitiria "arrecadar nossas tarifas" e "todas as receitas provenientes de fontes externas".
"20 de janeiro de 2025 será a data de nascimento do External Revenue Service", um nome que faz alusão ao "Internal Revenue Service" ou IRS, o órgão de arrecadação de impostos nos Estados Unidos, que depende do Departamento do Tesouro.
Embora o presidente afirme que o custo dessa política será pago por países como a China, as tarifas são, na realidade, impostas sobre os bens que entram no país, o que significa que o dinheiro virá dos bolsos dos importadores.
Alguns economistas alertam que o custo dessas medidas pode acabar sendo repassado para os consumidores, que poderiam pagar preços mais altos por itens de consumo final.
Trump também criticou nesta terça os esforços que os Estados Unidos fizeram no passado para firmar acordos de livre comércio, os quais qualificou como "leves e pateticamente fracos".
Embora tenham usado acordos de livre comércio durante décadas para forjar relações com outros países ao redor do mundo, os Estados Unidos recentemente abandonaram essa política, inclusive durante o governo de Joe Biden.
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