As autoridades americanas anunciaram, nesta quarta-feira (15), que proibirão o uso em alimentos e medicamentos de um controverso corante vermelho que há mais de 30 anos é conhecido por causar câncer em animais, uma grande vitória para os grupos de defesa do consumidor.

O produto em questão é o corante sintético chamado eritrosina, criado a partir do petróleo e também conhecido como E127 na Europa e “Red 3” na América do Norte. Ele é usado para dar às cápsulas de alimentos ou medicamentos uma aparência de rosa a vermelho vivo.

Até o momento, ele foi encontrado em cerca de 3.000 produtos alimentícios vendidos nos Estados Unidos, de acordo com o banco de dados do grupo ambientalista EWG. De doces e frutas enlatadas a bebidas e até mesmo substitutos vegetarianos do bacon.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) “está revogando a autorização para o uso do Red 3 em alimentos e medicamentos ingeridos”, disse a agência federal em um documento oficial divulgado nesta quarta-feira.

O corante foi proibido nos EUA de ser usado em cosméticos e medicamentos aplicados diretamente na pele desde 1990 devido a riscos de alergia e suspeitas de sua natureza cancerígena depois que estudos mostraram que ele causou câncer em roedores.

Em outras partes do mundo, vários países, especialmente na União Europeia, restringem severamente seu uso.

Em 2022, associações de consumidores dos EUA enviaram uma solicitação à FDA para proibir esse aditivo em produtos alimentícios e medicamentos consumidos por via oral.

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