Acusações de negligência se multiplicaram na Turquia nesta quarta-feira(22), um dia após um incêndio em um hotel de esqui, que matou 76 pessoas e feriu mais de 20. 

A imprensa do país e a oposição política denunciaram supostas negligências que agravaram a tragédia em Kartalkaya, no centro do país. 

O incêndio começou de madrugada em um restaurante no quarto andar por razões ainda desconhecidas e rapidamente se propagou. Nove pessoas, incluindo o gerente, foram presas. 

Os sobreviventes reclamam desde o dia da tragédia que nenhum alarme foi acionado e que o hotel não tinha portas corta-fogo. 

"Não foi o incêndio, mas a negligência que causou a morte" dos hóspedes, escreveu o principal jornal estatal Hürriyet nesta quarta-feira. 

O estabelecimento de luxo, localizado a duas horas de Ancara e a menos de quatro de Istambul, estava lotado de famílias aproveitando as férias escolares. 

Um neurologista, sua esposa professora e seus três filhos, dois deles gêmeos, foram os primeiros a serem enterrados. Outro funeral programado é de oito familiares de um funcionário do partido AKP, do presidente Recep Tayyip Erdogan, que deve comparecer. 

O Ministério do Turismo diz que o hotel havia sido "fiscalizado" pelos bombeiros em 2021 e 2024. Mas a pasta e as autoridades locais estão ignorando sua responsabilidade de verificar se estava em conformidade com os regulamentos de segurança. 

O ministério também negou a ausência de escadas de emergência e disse que o hotel contava com duas. 

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