Mais de 180 migrantes desaparecidos em naufrágio na costa do Iêmen e Djibuti
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Siga noPelo menos 180 pessoas desapareceram na costa do Iêmen e uma morreu na costa de Djibuti, após naufrágios de embarcações que transportavam migrantes, anunciou a agência de migração da ONU (OIM), nesta sexta-feira(7).
Segundo a organização, a esperança de encontrar sobreviventes é pouca.
Duas embarcações naufragaram na noite de quinta-feira(6), na costa de Djibuti e outras duas na costa do Iêmen.
Uma das embarcações, na região do Iêmen, transportava 31 pessoas e a outra, com cerca de 150, em sua grande maioria etíopes, disse Abdusator Esoev, chefe da missão da OIM no Iêmen, à AFP.
"Estamos falando de 186 pessoas que poderiam ter morrido no mar (…) Estamos trabalhando com as autoridades do Iêmen para ver se conseguimos encontrar sobreviventes, mas temo que não haja nenhum", acrescentou.
Segundo a OIM, as condições climáticas ruins, com ondas fortes e ventos violentos, causaram os naufrágios.
Em Djibuti "os barcos viraram perto da praia devido aos ventos fortes", disse Esoev, acrescentando que pelo menos uma pessoa morreu.
"Mas as outras conseguiram ser resgatadas", acrescentou, sem especificar quantas.
"Lamentavelmente o número de pessoas que chegam ao Iêmen vindas da Etiópia e de Djibuti continua inabalável", lamentou, referindo-se aos migrantes da região de Tigré, devastada por uma guerra entre 2020 e 2022.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes do Chifre da África, principalmente da Etiópia e da Somália, fazem a chamada "Rota Oriental" e atravessam o Mar vermelho na tentativa de chegar aos países do Golfo, ricos em petróleo, fugindo de conflitos, desastres naturais e falta de oportunidades econômicas em seus países de origem.
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