Mercado de emprego dos EUA mantém solidez apesar de medidas do governo
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Siga noO mercado de trabalho americano se manteve "sólido" em fevereiro, segundo números oficiais publicados nesta sexta-feira, enquanto a economia começou a mostrar sinais de fragilidade diante de uma avalanche de decisões e mudanças de rumo do governo.
Os Estados Unidos criaram menos empregos do que os analistas esperavam em fevereiro e o índice de desemprego aumentou ligeiramente, a 4,1% (frente a 4% em janeiro), anunciou o Departamento de Trabalho.
No mês passado, foram criados 151.000 empregos, mais do que em janeiro (125.000), porém um pouco menos do que os analistas esperavam (ao redor de 170.000), segundo o consenso publicado pelo MarketWatch.
Até fevereiro de 2024, a maior economia do mundo havia criado 222.000 postos de trabalho.
Os números de agora são, no entanto, suficientes para manter a solidez do emprego.
A publicação desta sexta-feira ocorre ao mesmo tempo que, segundo vários indicadores, a economia nacional está vacilando desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca.
Em poucas semanas, o presidente desenvolveu uma política errática que gerou nervosismo nos mercados financeiros e nas empresas.
Com o apoio do bilionário Elon Musk, Trump também cortou empregos na administração federal, cerca de 10.000 em fevereiro.
Os números publicados nesta sexta-feira "mostram que a demanda empresarial de mão de obra era forte, antes de a crescente incerteza sobre a política econômica fazer com que as expectativas de consumidores e empresas despencassem", disseram analistas da Pantheon Macroeconomics.
Segundo seus prognósticos, "as empresas responderão a esse período incomum suspendendo contratações e investimentos".
A consultora HFE mostrou, por sua vez, alívio porque "não há sinais de uma recessão incipiente".
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, assegurou nesta sexta-feira que "o setor privado está na liderança" em matéria de contratações, com quase 93% das criações de emprego em fevereiro.
"Essa é uma boa notícia para os trabalhadores e as famílias americanas", disse, enquanto o Poder Executivo fala de "reprivatizar" a economia, para que seja menos dependente do gasto governamental.
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