Ex-cirurgião julgado na França por centenas de estupros admite que abusava dos amigos dos filhos
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Siga noO ex-cirurgião francês Joël Le Scouarnec, acusado de estuprar 299 pacientes, muitos deles menores de 15 anos, admitiu nesta sexta-feira (7) perante o tribunal que abusava dos amigos dos filhos que visitavam sua casa.
O médico aposentado, de 74 anos, está sendo julgado no tribunal penal de Vannes, no oeste da França, em um dos maiores casos de abuso sexual infantil da história do país.
Ele é acusado de agredir ou violar 299 pacientes, muitos deles quando estavam sob anestesia ou acordando depois de procedimentos cirúrgicos, nos hospitais onde trabalhou entre 1989 e 2014.
Le Scouarnec admitiu nesta sexta-feira ter estuprado S., uma amiga dos filhos. A vítima contou ao tribunal os abusos que sofreu no início dos anos 1990 quando visitava a casa do médico.
Quando tinha seis anos, o acusado a levou a um quarto e a violou enquanto a mãe e a esposa do médico conversavam na sala de estar.
Semanas mais tarde, Le Scouarnec seguiu S. até o banheiro, onde ela sofreu uma violação vaginal com os dedos. Vários meses depois, ele tentou isolá-la novamente, mas a vítima conseguiu escapar e voltar para a mãe.
O ex-cirurgião, que diz não lembrar de muitos dos atos dos quais é acusado, afirmou lembrar do "episódio do banheiro".
"Me aproveitei do fato de que [um de meus filhos] trazia amigos [para casa] para abusar deles", explicou.
Durante a carreira como médico, Le Scouarnec nunca foi investigado, apesar de uma sentença de 2005 por posse de pornografia infantil.
Ele continuou trabalhando até a aposentadoria em 2017, quando um menino de seis anos o acusou e a polícia descobriu seus diários pessoais, onde descrevia com detalhes centenas de abusos.
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