Extrema direita apresenta dois novos candidatos presidenciais na Romênia
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Siga noA extrema direita voltou à ofensiva nesta quarta-feira (12) na Romênia ao anunciar duas novas candidaturas para a eleição presidencial de maio, após a exclusão do favorito nas pesquisas, Calin Georgescu, suspeito de ter se beneficiado de uma interferência russa.
"Com sua aprovação, vamos pegar a tocha", declarou no Facebook o líder do partido AUR, George Simion, que era a figura nacionalista mais estabelecida no país antes da ascensão fulgurante de Georgescu.
Para garantir que seu campo político continue na disputa e por desconfiança em relação às instituições, ele revelou uma estratégia inédita.
Em um vídeo, apareceu ao lado da representante do "Partido da Juventude" (POT), Anamaria Gavrila, de 41 anos.
Ambos se candidatarão após reunirem as 200 mil assinaturas necessárias até sábado e convocaram os partidários de Georgescu a "apoiá-los".
Mas "se os dois registros forem validados, um de nós se retirará" para aumentar as chances da extrema direita, afirmou Gavrila.
Calin Georgescu, que surpreendeu em novembro ao liderar o primeiro turno posteriormente anulado, foi definitivamente rejeitado pelas autoridades e pediu para continuar a luta "pacificamente" nas urnas.
Simion, cuja formação é a segunda maior do Parlamento, é admirador de Donald Trump, se define como "patriota", se opõe à ajuda militar à Ucrânia, aos direitos LGBTQ+ e defende uma "Europa soberana das nações".
Calin Georgescu tinha 40% das intenções de voto nas pesquisas antes da rejeição de sua candidatura.
O candidato da coalizão pró-europeia no poder, Crin Antonescu, e o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, estão empatados nas pesquisas (entre 15% e 20%).
A Romênia, país membro da UE e da Otan, pouco acostumado a esses sobressaltos políticos, entrou em uma fase de incerteza após a irrupção de Calin Georgescu na cena política.
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