Vozes de Iwo Jima
Os relatos de sobreviventes de uma das batalhas mais sangrentas da guerra no Pacífico
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“Lembro de correr de um buraco para outro, lançando lança-chamas dentro dos bunkers. Você sabia que havia pessoas lá dentro, mas era matar ou ser morto. Eu não gostava de fazer isso, mas não tinha escolha”
• Hershel “Woody” Williams (fuzileiro naval, Medalha de Honra)
“Quando saímos da água e pisamos na areia preta de Iwo Jima, parecia que todo o inferno havia se soltado. Explosões, tiros, gritos… Eu vi meus homens caírem ao meu lado antes mesmo de conseguirmos chegar à linha de frente”
• John Keith Wells (comandante de pelotão dos fuzileiros navais)
“Nunca vou esquecer o cheiro da morte. Estávamos cercados por corpos, e a areia preta estava encharcada de sangue. À noite, o silêncio era apavorante, mas sabíamos que os japoneses estavam ali, esperando para nos atacar”
• Chester “Chet” Cunningham (fuzileiro naval, 5ª Divisão)
“A fome era nossa maior inimiga. Depois de semanas de luta, não tínhamos mais comida nem água. Cavávamos buracos para buscar água da chuva, e às vezes comíamos insetos. Sabíamos que não sairíamos vivos dali”
• Tsuruji Akikusa (sobrevivente japonês, engenheiro militar)
“Não podíamos nos render. Era a regra do nosso exército: lutar até o último homem. Eu passei décadas escondido porque acreditava que a guerra ainda não tinha acabado”
• Shoichi Yokoi (soldado japonês que se rendeu em 1972)
“A batalha está chegando ao fim. Ante a coragem dos oficiais e homens sob meu comando, até os deuses chorariam diante de tanta bravura”
• General Tadamichi Kuribayashi (comandante japonês, em carta à esposa Yoshie)