Pescador que estava perdido no mar por 95 dias comia tartarugas e baratas
Durante grande parte dos mais de três meses perdido no Oceano Pacífico, o pescador peruano comia tartarugas, pássaros e baratas
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Siga noO pescador peruano Máximo Napa Castro, de 61 anos, passou 95 dias perdido no Oceano Pacífico e foi encontrado vivo, na última quarta-feira (12/3). De acordo com a agência de notícias peruana Andina, durante grande parte desses mais de três meses, ele comeu tartarugas, pássaros e baratas para sobreviver.
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O homem se perdeu ao sair para pescar na cidade de Marcona, em 7 de dezembro do ano passado, mas, por causa do mau tempo, foi obrigado a desviar de seu percurso, desvinculando-se de sua rota de retorno. Uma busca pequena foi iniciada na tentativa de encontrar o náufrago, porém a equipe de resgate não obteve sucesso.
Ele só foi visto novamente na semana passada, em um estado severo de desidratação, quando um barco de pesca do Equador, que navegava nas águas da costa norte do Peru, o localizou e o resgatou.
Nos 15 dias anteriores, ele havia ficado sem acesso à água potável ou a alimentos. A comida que havia levado durou apenas os primeiros 30 dias.
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Nos últimos 20 dias perdido, Castro passou a coletar água da chuva e a usar a madeira do barco para cozinhar o pouco de comida que encontrava. “Comi pássaros, tartarugas e até baratas para sobreviver. Não sei que pássaro, mas comi. Coloquei a mão no mar, e a tartaruga grudou em mim, cortei sua jugular e tirei o sangue dela. Já as baratas, estavam no meu barco”, expôs.
“Eu pensava na minha mãe todos os dias. Sou grato a Deus por me dar uma segunda chance”, contou ao canal de televisão peruano América Noticias.
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Em uma postagem no Facebook, sua filha Inés Napa Torres agradeceu aos pescadores equatorianos por ajudarem seu pai. "Obrigada, irmãos equatorianos, por resgatar meu pai Gatón, Deus os abençoe."
De acordo com a CNN, Napa Castro passou por exames médicos no Hospital Nuestra Señora de las Mercedes, em Paita, perto da fronteira do Peru com o Equador, e recebeu alta no sábado.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata