Cortes do EUA podem deixar '1 milhão de mortos', diz Aliança para Vacinas

A redução das contribuições financeiras dos Estados Unidos pode provocar mais de um milhão de mortes, advertiu, nessa quinta-feira (27) a Aliança Global para as Vacinas (Gavi), em resposta às informações de que Washington quer reduzir seu apoio à vacinação nos países em desenvolvimento. 

"Uma redução na ajuda financeira dos EUA para a Gavi teria um impacto desastroso na segurança da saúde mundial, podendo provocar mais de um milhão de mortes por doenças que poderiam ser prevenidas, e coloca em perigo vidas em todo o mundo podendo causar graves epidemias", declarou a diretora geral desta organização internacional, Sania Nishtar.

"Não recebemos nenhuma notificação de rescisão por parte do governo americano e estamos em contato com a Casa Branca e o Congresso para obter 300 milhões de dólares (1,7 bilhão de reais na cotação atual) que foram aprovados pelo Congresso para nossas atividades em 2025 e um financiamento a longo prazo para a Gavi", acrescentou ela.

Segundo o jornal The New York Times, que obteve uma cópia do documento, a decisão sobre estas ajudas financeiras está incluída em uma folha de cálculo de 281 páginas que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvlvimento Internacional (Usaid)- consideravelmente reduzida pelas medidas de Trump- enviou ao Congresso na noite de segunda-feira.

O documento detalha quais subsídios a agência pretende manter e quais serão cancelados, disse o jornal.

Gavi afirma que contribui para a vacinação de mais da metade das crianças do mundo contra doenças infecciosas mortais e incapacitantes. Esta organização apoia a vacinação contra 20 doenças, dentre elas a covid-19, ebola, malária, raiva, poliomielite, cólera, febre tifoide e febre amarela.

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