Internacional

Oposição reafirma soberania da Venezuela sobre região disputada com a Guiana

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Os líderes opositores María Corina Machado e Edmundo González expressaram, nesta terça-feira (1º), seu compromisso com a "defesa" da soberania da Venezuela sobre o Essequibo, uma região rica em petróleo que o país reivindica da vizinha Guiana em uma controvérsia territorial centenária.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou várias vezes a oposição de querer "entregar" a região para a Guiana.

"O Essequibo é da Venezuela e vamos defendê-lo. Os direitos da Venezuela sobre o território do Essequibo são indiscutíveis, fundamentados em títulos históricos e jurídicos sólidos", manifestaram-se Machado e González em nota.

A disputa por este território de 160 mil km², reavivada quando a ExxonMobil descobriu enormes jazidas de petróleo no local, há uma década, foi novamente posta sobre a mesa na semana passada pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, que alertou a Venezuela sobre as consequências que enfrentaria se atacasse a Guiana.

Maduro rechaçou as declarações de Rubio, a quem qualificou de "imbecil", enquanto seu governo negou buscar um conflito. A Força Armada advertiu que responderia com "firmeza e determinação a qualquer provocação ou ação".

"Queremos ser enfáticos: nós nos opomos categoricamente a qualquer opção bélica para resolver este assunto", expressaram os líderes opositores em seu comunicado.

No começo de março, a Guiana denunciou uma incursão em suas águas de um navio militar da Venezuela, que negou a acusação.

A Venezuela escolherá pela primeira vez autoridades venezuelanas para o Essequibo nas eleições de governadores e deputados no próximo 25 de maio. Na segunda-feira, o partido do governo anunciou a candidatura de um alto oficial militar, o almirante Neil Villamizar, que foi comandante da Marinha, para governador.

A Guiana defende um laudo de 1899, que estabeleceu as fronteiras atuais e o governo do presidente guianês, Irfaan Ali, pediu à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para ratificá-lo.

A Venezuela, que rejeita a jurisdição deste organismo no caso, apela a um acordo assinado em 1966 com o Reino Unido antes da independência guianesa, que anulava esse laudo e estabelecia as bases para uma solução negociada.

Diferentemente do governo, a oposição pede a defesa da posição venezuelana junto à CIJ. "Este processo requer uma defesa jurídica e estratégica integral, com a participação dos melhores especialistas, sem manipulações políticas ou ideológicas", avaliou. 

ba/erc/nn/mvv/am

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