Internacional

Promotoria mantém pedido de prisão para técnico do Real Madrid por fraude

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A Promotoria manteve, nesta quinta-feira (3), seu pedido de quatro anos e nove meses de prisão para o treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, por ter ocultado do fisco espanhol parte de suas receitas oriundas de direitos de imagem. 

O Ministério Público - que na Espanha costuma tornar públicas suas petições antes de a audiência oral começar e pode ratificá-los ou modificá-los no final - pede a condenação do técnico italiano por ter fraudado mais de um milhão de euros (6,18 milhões de reais) em direitos de imagem em 2014 e 2015, durante sua primeira passagem dirigindo o Real Madrid (2013-2015), ao qual retornou em 2021 (até agora). 

"Entendemos que concorrem os fatos de fraude, ocultação e omissão", indicou o promotor em suas conclusões. Ancelotti "alega uma ignorância que dificilmente pode ser acolhida", avaliou. 

A decisão do Tribunal Superior de Justiça de Madri, perante o qual o italiano tem comparecido desde quarta-feira, foi reservada.

"O senhor Ancelotti não tinha muita clareza do que estava assinando", defendeu, por sua vez o advogado do técnico, Carlos Zabala, em sua intervenção final, fazendo referência ao seu contrato com o clube madrilenho. 

O advogado, que solicitou a absolvição de seu cliente, estimou que o caso poderia ser resolvido pela via administrativa e acusou o fisco de espanhol de querer submeter o técnico ao "escárnio público". 

Durante sua declaração de quarta-feira, Ancelotti afirmou que nunca pensou em cometer fraude, e que foi o clube que lhe propôs essa forma de remuneração.

O treinador italiano concordou cobrar 6 milhões de euros (37,1 milhões de reais) líquidos por quatro temporadas, das quais cumpriu duas, e foi o clube que lhe propôs cobrar 15% em direitos de imagem. 

Segundo a administração fiscal espanhola, Ancelotti declarou suas receitas como técnico do Real Madrid em 2014 e 2015, mas não as procedentes de direitos de imagem e outras fontes, como algumas propriedades imobiliárias. 

As receitas por direitos de imagem foram, de acordo com Ministério Público, de 1,2 milhões de euros (7,4 milhões de reais) em 2014 e 2,9 milhões de euros (17,9 milhões de reais) em 2015.

al-rs/mb/dd/yr

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