Angelo Guido Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se tornou réu após ter sido denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por homofobia e ameaça contra um funcionário de supermercado em Eldorado, no interior de São Paulo. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, em depoimento à Polícia Civil, o irmão do ex-presidente reconheceu a divergência, mas negou ter discriminado o funcionário. À Folha de S. Paulo, Angelo disse que se trata de um problema pessoal, mas não quis entrar em detalhes.
O caso aconteceu em agosto de 2023. Alex de Oliveira, à época com 17 anos, disse em depoimento à polícia que deu um tapinha no ombro de uma colega de trabalho.
Angelo, o irmão do ex-presidente, então teria dito a ela: "Ele bateu em você? Além de usar brinco, com certeza é viadinho e não dá pra falar nada que qualquer coisa já é racismo". A funcionária confirmou à polícia que ouviu o comentário do cliente.
Segundo Alex, o funcionário, semanas depois o irmão do ex-presidente teria empurrado um carrinho contra ele e dito "puta que pariu". O funcionário teria respondido e o irmão do ex-presidente retrucado, chamando-o de "arrombado" e dizendo que se quisesse, poderiam "resolver lá fora" e "sair no soco".
Angelo prestou depoimento em novembro e disse que teve uma discussão no local por motivo de mau atendimento, mas que não foi preconceituoso com o funcionário.
O Ministério Público apresentou a denúncia contra Angelo em janeiro deste ano pelas ofensas homofóbicas e por ameaça, descartando acusação de injúria racial.
Funcionárias do supermercado confirmaram o atrito e uma delas confirmou a frase homofóbica contra o funcionário.