O Brasil sofre com diversos casos notáveis de vazamento de dados em empresas de comércio, sendo que, durante a pandemia, esses números mais que dobraram, segundo pesquisa da Kaspersky noticiada pelo portal Jota. Esses incidentes servem como um lembrete para todas as empresas da importância da vigilância contínua e da proteção ativa dos dados. Para as pessoas físicas, de acordo com o Relatório de Identidade e Fraude 2024 da Seresa Experian, 4 em cada 10 brasileiros sofreram fraudes no Brasil.

Relatório da IDC estimou que empresas brasileiras gastariam US$ 1,3 bilhão em soluções de proteção de dados até dezembro de 2023, um aumento de 13% em relação ao 2022. Vazamentos de dados são uma preocupação crescente para empresas de comércio, especialmente no contexto da crescente dependência de tecnologia e dados digitais. Para o especialista em segurança da informação Eduardo Godinho, a proteção dos dados é crucial e é preciso considerar, também, as consequências que podem surgir de um vazamento.

“A maioria dos estabelecimentos comerciais, atualmente, oferece descontos após o consumidor informar o número CPF. Mas como esses dados estão sendo utilizados por estas empresas, ou ainda, o que pode ser feito com eles no caso de um vazamento de informação? Não à toa, quando buscamos informações em algumas fontes, como redes sociais ou sites de busca, visualizamos anúncios dessa mesma empresa”, relembra o especialista. Por definição, a segurança de dados trata de como devem ser protegidas as informações no ambiente digital.

Godinho enfatiza ainda que os ataques cibernéticos e os vazamentos de dados não são apenas um risco a reputação e a estabilidade financeira das empresas, mas também para a privacidade dos indivíduos. Para o especialista, que entre empresas nacionais e internacionais acumula mais de 20 anos de experiência, os ataques estão se tornando mais sofisticados e personalizados. “Anteriormente o foco era em grandes empresas que possuem bancos de dados mais robustos, como empresas de varejo. Cada vez mais esse vem se tornando um problema recorrente para pequenas e médias empresas, por essas não possuírem o suporte e proteção adequados para essa ameaça”.

Para mitigar esses riscos, o recomendado é que as empresas implementem medidas robustas de segurança da informação, incluindo treinamento regular dos funcionários, auditorias de segurança e a adoção de tecnologias avançadas de proteção contra ciberataques. Além disso, é saudável que essas empresas mantenham um plano de resposta a incidentes para agir rapidamente em caso de vazamento. “A segurança da informação segue como uma questão crítica mundial que requer atenção constante, vigilância e investimento. As empresas devem estar preparadas para enfrentar os desafios do mundo digital e proteger seus dados contra ameaças em constante evolução”, finaliza Eduardo Godinho.



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