A democratização do sistema financeiro é um tema central nas discussões sobre tendências emergentes. Com o crescimento das fintechs e a modernização dos bancos tradicionais, o setor tem se adaptado às transformações do mercado, resultando em uma competição saudável pela conquista de novos clientes, refletindo numa notória inclusão financeira.

O Brasil tem registrado significativos avanços na inclusão financeira. Entre 2022 e 2023, o país subiu 14 posições no Índice de Inclusão Financeira Mundial, saindo da 35ª para o 21º lugar, puxado pelos serviços financeiros digitais, principalmente o Pix. "O acesso aos serviços financeiros pode ser especialmente transformador, permitindo que a população se integre ao mercado econômico mais amplo e melhore as condições de vida”, comenta o economista e fundador da fintech Fidúcia SCM, Nicolau Neto, que também é o presidente da ABSCM – Associação Brasileira das Sociedades de Crédito

Estas empresas de tecnologia financeira surgiram como agentes de mudança e trouxeram inovações como aplicativos de pagamento móvel, empréstimos, robôs de investimento e diversas outras soluções que visam simplificar e tornar mais acessíveis as transações.

Com a adoção dessas novas tecnologias, as fintechs estão ganhando cada vez mais espaço por oferecer taxas mais competitivas e serviços personalizados. Isso tem pressionado os bancos tradicionais a se reinventarem, e o resultado é que os consumidores dispõem de mais opções e maior poder de escolha quando se trata dos serviços financeiros que desejam utilizar.

Este movimento facilita o acesso ao crédito e a investimentos, promove uma maior eficiência em operações financeiras, estimulando a competitividade no mercado, e quem ganha é o consumidor, muitas vezes atraído pela facilidade de uso das ferramentas e baixo custo dos serviços”, afirma Nicolau Neto. A empresa cria soluções para democratizar o crédito, apoiando ecossistemas de forma a regular os mais diversos ambientes financeiros.

A inclusão financeira garante que indivíduos e empresas tenham acesso a produtos e serviços econômicos úteis e acessíveis que atendam às necessidades – como transações, pagamentos, poupança, crédito e seguros – de maneira responsável e sustentável. De acordo com o Estudo Inclusão Financeira no Brasil,  enquanto a digitalização e o pagamento de auxílios promoveram a bancarização, o lançamento do Pix impulsionou o uso das contas pela população C, D e E. Dados do Banco Central mostram que, até agosto de 2021, 40 milhões de pessoas tinham realizado um Pix sem nunca terem feito outro tipo de transação (DOC ou TED).

A inclusão bancária de grande parte da população está relacionada à emergência dos bancos digitais como opções gratuitas e por oferecer diversos benefícios, como melhor usabilidade dos serviços (combinado com maior entendimento de regras, condições, extratos etc.), menor custo de transação (não apenas pelo PIX, mas também por diminuir a necessidade de deslocamentos até uma agência) e acesso a cartões de crédito.

A democratização e integração financeira é importante para o cidadão por facilitar as transações de dinheiro e o acesso a crédito, criando oportunidades e estimulando o crescimento econômico. Tudo isso contribui para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, ampliando as condições da população prosperar economicamente.

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