A tecnologia vem proporcionando cada vez mais avanços à medicina, particularmente aos procedimentos estéticos. Isto acontece porque as cirurgias estéticas também ficaram menos invasivas. É o que avalia o cirurgião-plástico Felipe Villaça, cuja clínica funciona em Belo Horizonte. “Hoje nós utilizamos técnicas muito mais avançadas, que permitem resultados melhores a partir de incisões mínimas. Isso ajuda muito inclusive na recuperação do paciente, sem falar no tamanho da cicatriz”, pontua.
Ele dá como exemplo o Safer, uma tecnologia que de lipoaspiração assistida por ultrassom. Basicamente, o procedimento facilita a remoção da gordura de forma precisa. A aplicação ultrassônica emulsifica a gordura, dando a ela uma consistência mais líquida. Além de facilitar a extração, o processo reduz consideravelmente o trauma que uma lipo costumeiramente provoca nos tecidos ao redor.
“O Safer tem a capacidade de eliminar somente a gordura, e preservar todos os outros tecidos, vasos sanguíneos e até o colágeno, responsável pela elasticidade da pele. Ou seja, além de realizar a lipoaspiração, o paciente ainda mantém a capacidade orgânica de manter a pele saudável. E isso com um tempo muito menor de recuperação”, afirma o cirurgião-plástico. “Eu já utilizo essa técnica, e reconheço que ela é um avanço significativo quando comparada à lipo tradicional”, afirma.
O procedimento chama a atenção por ser o mais procurado em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), somente em 2023 foram realizadas 2,2 milhões de cirurgias, quantidade semelhante ao ano anterior.
Capacitação profissional
Por conseguir fazer uma remoção seletiva da gordura, o Safer auxilia também na promoção de remodelagem corporal, sobretudo porque pode eliminar os excessos de regiões como braços, abdômen e costas. Entretanto, ele adverte que esse procedimento ainda é bastante recente, e não é todo profissional que está habilitado a utilizar essa técnica.
“Por usar uma tecnologia bastante avançada de ultrassom, é necessário que o profissional tenha treinamento especializado. É direito do paciente cobrar isso e certificar-se de que todo o processo será conduzido com excelência. A emulsificação exige um cuidado considerável, e evitar pegar outros tecidos adjacentes é uma habilidade essencial”, adverte.
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