Lançado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), o programa ‘Estratégia Elas Empreendem’ tem como meta incentivar um ambiente de negócios favorável às empreendedoras, facilitando o acesso das mulheres a políticas e serviços públicos, produção de dados e disseminação de informações sobre o empreendedorismo feminino.
A iniciativa conta com 23 organizações, entre órgãos e entidades da administração pública federal e bancos, para fomentar a inclusão social, econômica, e de desenvolvimento do país por meio do programa, levando em conta a maternidade, a diversidade e a vulnerabilidade.
Além disso, o MEMP firmou parceria com a Rede Mulher Empreendedora para capacitar mais de 17 mil mulheres que empreendem ou querem empreender. De acordo com a empresária e profissional da área de tecnologia, Cristina Boner, a iniciativa desempenha um papel crucial ao oferecer suporte e ferramentas essenciais para o crescimento e fortalecimento do empreendedorismo feminino no país.
“Um dos principais impactos está no empoderamento econômico, dando às mulheres a oportunidade de alcançar independência financeira e se tornarem protagonistas em suas comunidades. Isso é fundamental num país onde muitas ainda enfrentam barreiras relacionadas ao crédito e à falta de oportunidades”, afirma Boner.
Um levantamento realizado pela Serasa Experian, repercutido pela CNN Brasil, aponta que das 20,6 milhões de empresas ativas no Brasil, 8,4 milhões são chefiadas por mulheres (40,5%). Desse total, 84,7% dizem administrar o negócio sozinha, sem sócios. A pesquisa mostra ainda que a atividade que as mulheres atuam com mais frequência é no comércio de confecções em geral, seguido por serviços.
A empresária ressalta que um aspecto importante do projeto é o de promover a inclusão e a diversidade, alcançando mulheres de diferentes origens sociais e regiões do país, contribuindo diretamente para o fortalecimento da economia, gerando mais empregos e novas oportunidades.
“Iniciativas como essa são essenciais para equilibrar o cenário do empreendedorismo no Brasil e garantir que mais mulheres tenham a chance de desenvolver negócios de sucesso”, avalia.
Plano de expansão
A pesquisa do Serasa Experian mostra que 55,6% das empreendedoras desejam ampliar seus negócios. Entre as que querem crescer, 43,4% pretendem vender mais para o mesmo público e 42,1% visam atingir públicos diferentes para atingir essas metas.
No entanto, apenas 8% das empresárias veem o crédito ou o financiamento como uma opção para viabilizar seus planos. “As iniciativas públicas são essenciais para melhorar o cenário das mulheres empreendedoras, pois ajudam a reduzir a desigualdade de gênero e a criar um ambiente mais favorável ao crescimento de negócios liderados por mulheres”, ressalta Boner.
“Muitas vezes, as empreendedoras enfrentam barreiras como acesso limitado a crédito, falta de capacitação e preconceito de gênero. Políticas públicas que ofereçam apoio financeiro e qualificação profissional podem fazer uma enorme diferença, proporcionando às mulheres as ferramentas necessárias para prosperarem no mundo dos negócios”, completa.
A empresária afirma ainda que esses programas ajudam a fomentar a inclusão e a garantir que mulheres de diferentes contextos sociais e econômicos possam ter as mesmas oportunidades de sucesso. “Ao incentivar a participação feminina no empreendedorismo, o governo não só promove o empoderamento econômico das mulheres, mas também impulsiona a economia como um todo, já que os negócios liderados por elas têm um impacto positivo na geração de empregos e na inovação”.
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